Quem costuma consumir azeite de oliva, com certeza tomou um susto com o noticiário da semana.
Nesta terça-feira (25), a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo interditou ao menos cinco empresas da capital e do litoral paulista por estarem vendendo óleo de soja ou óleo misto como se fossem azeite de oliva virgem ou extra virgem.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, as investigações tiveram início após denúncia de fraude feita à Vigilância Sanitária sobre a Olivenza, empresa localizada em Mongaguá, que produz marcas como Torre de Quintela, Malaguenza, Estrela da Beira e outras. Amostras dos produtos foram recolhidas e analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, instituição vinculada à Secretaria da Saúde, onde foi comprovada a fraude.
O caso da Olivenza desencadeou a inspeção em outras quatro empresas: a Natural Óleos Vegetais e Alimentos, em Cajamar; Olima Indústria de Alimentos, em Itaquaquecetuba; Paladar e La Famiglia, ambas de Santana do Parnaíba, e Super Via Distribuidora.
Segundo a reportagem do jornal, a Secretaria constatou que os estabelecimentos comercializavam azeite de oliva virgem do tipo lampante, sem a evidência de refinar o produto, etapa que é necessária para que o óleo seja considerado bom para consumo.
As fábricas foram interditadas e os lotes proibidos de serem comercializados. Porém, ainda segundo a Folha de S.Paulo, as empresas já voltaram a produzir os produtos, pois se adequaram às normas de fabricação.
A Olivenza, Natural e Olima se comprometeram a não usar mais a palavra “azeite” nos rótulos e sim “óleo composto”.
Empresas já haviam sido autuadas por fraude
Em abril deste ano, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) já havia reprovado 45 marcas de azeite por fraude nos produtos. Entre as marcas reprovadas estavam a a Olivenza, Olima, La Famiglia e Natural, entre outras.
A fraude mais praticada pelas marcas foi a utilização de óleo vegetal com azeite lampante. Na ocasião as empresas nas quais foram comprovadas irregularidade foram multadas em até R$ 532 mil e denunciadas ao Ministério Público. Confira aqui a relação completa das marcas.
Colaboraram para esse texto: Letícia Oliveira e Daniele Candido