“Oi corações! Aqui é LuNa Vitrolira. Alguns de vocês me acompanham na página @luna_vitrolira, mas nesses próximos dias do mês de junho também estarei aqui, ocupando a página da parceira e amiga Céu!”.
Nos últimos dias, você deve ter se deparado com postagens parecidas em perfis de famosos nas redes sociais. Mas afinal, o que está acontecendo?
Com a repercussão dos protestos contra a brutalidade policial e o racismo nos Estados Unidos, a internet se viu em um grande debate de como pessoas brancas podem colaborar com a luta antirracista, além de postar hashtags. Foi então que surgiu o chamado para que famosos e influentes brancos cedessem suas redes para pessoas negras. Uma forma de dar voz, aprender e ouvir o que pessoas pretas falam.
Uma das primeiras a aderirem à iniciativa foi a cantora americana Selena Gomes, que cedeu sua conta no Instagram com mais de 180 milhões de seguidores para Alicia Garza, ativista e co-fundadora do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) para falar sobre a importância das manifestações após o assassinato de George Floyd e como ser um apoiador da causa.
Aqui no Brasil, o ator Paulo Gustavo também aderiu ao movimento. Durante o mês de junho, seus 13 milhões de seguidores terão contato com conteúdos sobre racismo estrutural, local de fala e práticas antirracistas produzidos pela filósofa e escritora, Djamila Ribeiro. Já a cantora e atriz Linn da Quebrada estará no perfil da apresentadora Tatá Werneck para falar sobre raça e gênero.
A mensagem do início do nosso texto é da escritora e performer, LuNa Vitrolira, autora do livro “Aquenda – O amor às vezes é isso”, finalista do Prêmio Jabuti 2019. LuNa ocupa atualmente o perfil da cantora Céu, onde compartilha a sua arte e vivências como mulher negra.
Texto: Letícia Oliveira
Autoria da Imagem: Jan Ribeiro